A pandemia de Coronavírus que atingiu o mundo inteiro chegou ao Brasil no final de fevereiro, trazendo inúmeras inseguranças e preocupações para toda a população. Pela primeira vez, há como muito tempo não se via, as pessoas estão preocupadas e aflitas com as incertezas em nosso horizonte. Para os especialistas, o pior ainda está por vir, afinal, o pico é esperado para a segunda metade do mês de abril e começo de maio. Diante deste cenário, uma preocupação tem tomado conta das pessoas: como proteger os idosos que são justamente o grupo mais vulnerável à essa doença?
Nesse contexto, a urgência é ainda maior quando falamos da população idosa em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), locais também conhecidos como casas de repouso. Estamos falando de um local em que toda a sua população é composta por pessoas na faixa de risco mais agressiva da COVID-19.
Você sabe como está a situação das casas de repouso diante da pandemia? Nesse artigo, vamos te mostrar um panorama do problema que elas enfrentam. Confira!
Como as casas de repouso estão diante da pandemia?
Como destacamos no começo do artigo, o Coronavírus está impactando diretamente na vida da população idosa; sendo assim, é natural que ele interfira no funcionamento das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), trazendo verdadeiros desafios para todos os profissionais e residentes envolvidos.
Infelizmente, a maioria destas instituições não conta com profissionais de saúde especializados ou infraestrutura hospitalar. Para Nadir Menezes, fundadora do Fórum Permanente de Instituições para Idosos, é fundamental a reserva de leitos em hospitais para esse grupo de idosos. Além disso, ela reforça que as casas possuem poucos recursos para controlar a epidemia caso o vírus se espalhe por suas dependências.
É por conta dessas particularidades que as casas de repouso passam por um momento muito delicado diante do crescimento dos casos de COVID-19. Não é à toa que profissionais desta área fazem um alerta sobre a situação atual:
- 100% da população residente nas ILPIs é de altíssimo risco;
- Não há nenhuma garantia de acesso a produtos de higienização e proteção à saúde: seja de uso individual ou para os profissionais que estão chegando à essas casas;
- Nenhuma priorização ou acesso ao exame de coronavírus está sendo oferecido aos idosos residentes das ILPIs e seus profissionais;
- Nenhum direcionamento específico para a falta de estrutura física, nem quadro de funcionários capacitados para praticar o isolamento e tratar os idosos contaminados pelo coronavírus está sendo repassado às instituições;
- As ILPIs também sofrem com a redução no quadro de funcionários que são afastados quando apresentam qualquer tipo de sintoma e não são repostos por dificuldade de encontrar profissionais capacitados;
- O risco de que este vírus entre em alguma instituição ainda é grande e alarmante. Caso isso aconteça um massacre seria inevitável devido ao estado de vulnerabilidade que já se encontram.
O medo cresce cada dia nas Instituições de Longa Permanência para Idosos
Em reportagem recente, o EL País abordou o tema, trazendo comentários de especialistas na área de saúde. Ao ser entrevistado, Paulo Tadheu Borges Marques, médico geriatra, externou que a principal preocupação é que uma situação parecida com os Estados Unidos e Europa se repita aqui: “Depois que o vírus entra numa casa de repouso, é difícil controlar. Se espalha igual pólvora e tem potencial para causar várias mortes”, afirmou. O médico se refere a um caso específico nos EUA: no Life Care Center de Kirkland, 35 idosos morrem após uma contaminação em massa de COVID-19.
Falta de equipamento e protocolo são um dos principais agravantes.
O medo cresce principalmente por dois motivos: a falta de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras, luvas e álcool em gel; e claro, a ausência de diretrizes mais claras por parte do Governo sobre como essas instituições devem agir quando casos de Coronavírus forem diagnosticados no ambiente: para onde levar o paciente? Quem realiza o transporte? Quais são os cuidados com os outros moradores? Essas são só algumas das perguntas que todos aguardamos respostas.
Por isso, a principal mensagem de todos os responsáveis por ILPIs no Brasil é a de ajuda. Essas instituições precisam de apoio para continuar cuidando da saúde de todos os idosos que confiaram em seus lares para uma melhor qualidade de vida. Não se engane: essa é uma luta do país inteiro.
Entendendo melhor o Coronavírus (COVID-19)
Por fim, separamos uma breve explicação sobre o Coronavírus e por que ele afeta mais os idosos.
Coronavírus é o nome de uma família de vírus que causa infecções respiratórias e são responsáveis por diferentes doenças que nos acometem há bastante tempo. De forma geral, esse vírus circula somente entre animais como morcegos e roedores, contudo, eles passaram a contaminar pessoas também quando a convivência é muito próxima. Além disso, o Coronavírus sofreu diversas mutações espontâneas e aleatórias, dando o surgimento para um novo vírus que assolou a China no final de 2019.
Não existe ainda uma unanimidade entre os sintomas de Coronavírus, mas os sinais mais associados a doença são os seguintes:
- Febre;
- Tosse seca;
- Dificuldade para respirar.
Como podemos ver, os sintomas são bem semelhantes a de um resfriado. Porém, a COVID-19 também pode causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. De qualquer forma, é importante destacar que a doença precisa de mais estudos para que os especialistas possam confirmar os seus sinais.
Outro detalhe importante e amplamente divulgado sobre o Coronavírus são os grupos de riscos, sendo que a parcela com mais vítimas fatais são os idosos.
Por que os idosos são mais afetados?
Os idosos e pessoas com doenças crônicas são o público mais crítico quando o assunto é o contágio da COVID-19. Mas por que isso ocorre? Simples: a baixa imunidade destas pessoas as deixam mais vulneráveis à ação do vírus e a suas complicações, como a síndromes respiratórias agudas graves. Além disso, especialistas elencam outras razões por trás deste fato:
- O sistema imunológico dos idosos costuma ser menos resistente por conta da idade;
- As vacinas tomadas na juventude já não são tão eficientes, ou seja, há menos anticorpos;
- Os pulmões e mucosas tornam-se mais frágeis e vulneráveis a doenças virais;
- O idoso costuma engasgar e aspirar mais, por isso, acaba por levar mais a mão à boca, aumentando o risco de contágio;
- Ele também vai a hospitais com mais frequência, ficando mais exposto a micro-organismos;
- Os idosos, normalmente, já possuem uma ou mais doenças crônicas, ficando ainda mais vulneráveis.
Para ilustrar, um estudo do Centro para a Prevenção e Combate a Doenças da China verificou que a taxa de mortalidade avança conforme a idade do paciente. Enquanto entre 0 e 49 anos ela não passa de 1%, entre 50 e 59 fica em 1,3%, entre 60 e 69 vai para 3,6%, entre 70 e 79 anos sobe para 8% e acima dos 80 chega a 14,8%.
Se as estatísticas não fossem suficiente, no dia 11 de março, o até então Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que a população idosa e os pacientes com doenças crônicas devem tomar muito cuidado. “O maior grupo de risco é formado pelos idosos e doentes crônicos. Estes é o grupo que queremos superproteger. Quando jovens ganham imunidade, o vírus cai. Quanto menos pessoas idosas e com doenças crônicas tivermos, menos usaremos os sistemas hospitalares”, destacou.
Cuidados especiais para os idosos
Para finalizar, é sempre válido ressaltar alguns cuidados que idosos e pessoas com doenças crônicas devem seguir, como:
- Estar com as vacinas em dia;
- Controlar possíveis casos de diabetes e de outras enfermidades;
- Manter-se fisicamente ativo;
- Reduzir, apenas quando possível, as idas a hospitais, para evitar contágio.
Como vimos ao longo do texto, a situação das Instituições de Longa Permanência para Idosos é delicada e clama por um olhar atento o quanto antes.
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Nos vemos no próximo artigo!