Sempre imaginamos os pais como aqueles a quem podemos recorrer quando precisamos de ajuda ou de conselhos. Ao longo da vida, são os pais que dão apoio e segurança para enfrentarmos o mundo e para nos tornarmos pessoas independentes. Mas, chega um momento em que eles envelhecem, os filhos tornam-se adultos, e os pais é que passam a precisar de ajuda em atividades que antes faziam sozinhos. Isso porque eles tornam-se mais limitados por conta de alguma condição física ou da diminuição ou perda da capacidade funcional para algumas atividades. É justamente nesse momento que chega a hora do filho cuidar dos pais.
Essa mudança de papéis é bastante delicada tanto para os pais quanto para os filhos porque passaram toda a vida juntos tendo papéis diferentes – os filhos obedecendo aos pais, e os pais dando ordens para os filhos. E, de repente, quando o filho precisa ser firme com o pai ou a mãe
para que façam alguma coisa (para que tome um remédio, para que troque de roupa, para que não se esqueça de uma consulta médica, para que coma, etc), alguns pais podem se incomodar, principalmente aqueles que foram muito rígidos e autoritários com os filhos quando pequenos e que, portanto, não aceitam receber ordens.
Algumas situações também podem ser constrangedoras tanto para os pais quanto para os filhos como quando os pais precisam fazer uso de fraldas ou passam a depender de alguém para dar banho e os filhos nunca viram seus pais nus anteriormente. São adaptações que precisarão da sensibilidade e da boa vontade das duas partes – do pai e da mãe para aceitarem que estão tendo necessidades que antes não tinham e que, para que continuem tendo uma vida com saúde e com qualidade, precisam receber ajuda dos filhos. Os filhos também precisam entender que precisarão organizar melhor o tempo a fim de darem atenção às necessidades dos pais além das suas próprias necessidades e de sua família atual.
Aceitar que chegou a hora de cuidar dos pais é um desafio para muitos…
Pais e filhos que tiveram um relacionamento mais carinhoso e presente ao longo da vida naturalmente terão mais proximidade no final da vida. Do contrário, pode ser muito difícil filhos que tiveram seus pais ausentes, autoritários ou agressivos terem que cuidar deles na terceira idade, porque isto gera sentimentos muito conflitantes de frustração, culpa e raiva.
Por mais que o idoso necessite de ajuda, a maioria deles prefere permanecer na própria casa, recebendo ajuda lá mesmo. Isto porque para qualquer pessoa, a casa é uma referência de lembranças de vida e envolve muitos sentimentos e pode ser bastante difícil para a pessoa idosa ter que sair do local onde ela se sente bem, segura, e ter que se mudar para outro local, apesar de algumas situações exigirem isto.
Os filhos também devem estar atentos a detalhes da casa que possam gerar riscos para seus pais idosos como tapetes ou pisos escorregadios, móveis que possam causar acidentes; além de procurarem saber sobre necessidades diárias fundamentais dos pais como: se está conseguindo cozinhar e comer sozinho, se está tomando medicamentos prescritos na hora certa ou se consegue sair na rua sozinho. São detalhes que pode ser que o próprio idoso não comente e dependerá da supervisão e do interesse dos filhos quanto a estes cuidados.
Por outro lado, o cuidado excessivo também é um risco. É importante que os filhos saibam exatamente o que os pais conseguem fazer e que não façam isso por eles. A superproteção envelhece e adoece o idoso porque ele passa a se sentir menos útil e com menos vigor quanto tudo é feito por ele. Portanto, o importante é equilibrar as necessidades e o que ainda é possível de ser feito pela própria pessoa.
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Nos vemos no próximo artigo!